A entrada da Ucrânia na UE seria uma mudança histórica
A União Europeia deu apoio à Ucrânia, nesta sexta-feira (17), para se tornar um membro oficial a se juntar ao bloco, juntamente com sua vizinha Moldávia, uma mudança histórica para o leste da Europa provocada pela invasão russa da Ucrânia. As informações são da Reuters.
A Ucrânia pediu a adesão à UE quatro dias após o início da guerra entra a Rússia. Quatro dias depois, o mesmo aconteceu com a Moldávia e a Geórgia – dois outros Estados ex-soviéticos que lutam contra regiões separatistas ocupadas por tropas russas.
“A Ucrânia demonstrou claramente a aspiração do país e a determinação do país de viver de acordo com os valores e padrões europeus”, afirmou a chefe da Comissão Executiva da UE, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.
O presidente do país, Voloymyr Zelenskiy, agradeceu a von der Leyen e aos Estados-membros da UE no seu Twitter oficial e disse ser “o primeiro passo no caminho da adesão à UE que certamente deixará nossa vitória mais perto”.
Espera-se que os líderes dos países da UE endossem a decisão em uma cúpula na próxima semana. Os líderes dos três maiores — Alemanha, França e Itália — sinalizaram sua solidariedade na quinta-feira visitando Kiev, juntamente com o presidente da Romênia.
“A Ucrânia pertence à família europeia”, afirmou o alemão Olaf Scholz após se encontrar com Zelenskiy.
Segundo a Reuters, a UE recomendou o status de candidata para Ucrânia e Moldávia, no entanto adiou para a Geórgia, dizendo que o país precisa atender a mais condições. Von der Leyen disse que a Geórgia tem uma forte candidatura, mas precisa se unir politicamente. Um diplomata sênior próximo ao processo citou retrocessos nas reformas lá.
Ucrânia e Moldávia ainda precisam passar por um longo processo para chegar aos padrões exigidos para adesão, e há outros candidatos na espera. A adesão também não é garantida –as negociações estão paralisadas há anos com a Turquia, oficialmente candidata desde 1999.
No entanto, apenas lançar o processo de candidatura, movimento que teria parecido impensável há apenas alguns meses, já é uma mudança como a decisão dos anos 1990 de acolher os países ex-comunistas do Leste Europeu.
“Precisamente por causa da bravura dos ucranianos, a Europa pode criar uma nova história de liberdade e, finalmente, remover a zona cinzenta na Europa Oriental entre a UE e a Rússia”, declarou Zelenskiy em seu discurso noturno em vídeo.
Caso seja aceita, a Ucrânia seria o maior país da UE em área e o quinto mais populoso. Todos os três candidatos são muito mais pobres do que qualquer membro da UE existente, com produção per capita em torno da metade do mais pobre, a Bulgária.
Todos têm histórias recentes de política volátil, agitação doméstica, crime organizado arraigado e conflitos não resolvidos com separatistas apoiados pela Rússia que proclamam soberania sobre o território protegido pelas tropas de Moscou.
Fonte: bahia.ba
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